quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Ah, noite!

Por que atrai-me assim?
Será a beleza de sua pretivastidão?
A impáfia das estrelas?

Acho que é o odor de tudo
que acaba emergindo.
Nela, meus segredos não se contêm.

Seu irmão fornece calor
para as traqueófitas e não afins.
Mas, para mim, não adianta;
negligencio-o solenemente.

Apesar de ela forçar meu confronto
com o espelho
continuo atrelada
à sua magnitude.

Noite, como és descaradamente clara!

Nenhum comentário: