quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Onibio

Ela me pegou de jeito.
Foi de um arroubo imenso.
Quando vejo sujeito feito
chorar por ela, preciso de lenço.

Acho que é paixão antiga.
Agora, ela quer escapar fugida.
Toda hora chamo
e vem a bendita.

Ganhei um canudinho no Esqueleto.
E ela, caprichosa, ficou com ciúme.
Mas em todos os lugares ela revida
e esplendorosa toma o seu lugar:
toda a minha vida!

Pode ser agora?

Não há motivo, mas há perigo.
Uma vida breve...
escassos momentos alegres.
A voz semore fala e sem medo declara:
"Acabará cedo, acabará rápido."

Mas outra via me mostra
que as pessoas têm importância.
Um sopro vive na esperança morta,
apesar da fúria que tem ganância.

E o motivo surge.
Uma fenda maior do que o
maior se abre.
A solução não é bem sábia,
a despeito de sua grande lábia.
Tem as cores da Mangueira.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Olha essa

Na semana passada, minha amiga Marcinha me chamou atenção para a origem da palavra AMORAL. E como eu já gosto da etiologia dos nossos vocábulos...

"Sabe de onde vem a palavra AMORAL?", perguntou-me. "É o que não tem moral?", respondi. E ela me olhou como se falasse: "Hum, escuta essa!".

O AMORAL abriga uma palavra que sequer me ocorreu; abriga o AMOR.
E... O AMOR (em todas as suas formas) é realmente uma força, uma devastação, é transformador e não tem regras que o controlem. Ele dói, arrepia, faz rir, faz chorar. Não faz cerimônia e dispensa explicação. Não tem moral nenhuma!!!

Em suma: AMORAL é o AMOR; o AMOR é absurdamente AMORAL.