Bom, expus minhas razões e meus argumentos; talvez o leitor (se este de fato existir) retruque: "É fácil falar e blá, blá, blá...". Antes de tudo, não é fácil falar, tampouco escrever sobre o assunto (!), mas vamos lá. Trabalho em um colégio estadual longe à beça de casa e tenho que pegar duas conduções para chegar ao colégio (o que muitos trabalhadores brasileiros fazem). A primeira aula começa às sete horas da manhã. É sair de casa amanhecendo...
Ah, e quando chego ao colégio, o que encontro? Alunos desestimulados, falta de recursos, agressividade crescente contra os professores etc. Logo, podemos ver que não é fácil e "só flores" para ninguém, inclusive para mim.
Mas sabe por que encaro todo esse pacote, além de, é claro, precisar ganhar dinheiro? (não sejamos hipócritas e sentimentalóides...) Porque gosto!! Se não gostasse, já estaria em outro lugar, fazendo outra coisa, há muito tempo. Acordar, levantar, pegar condução, ficar suja de tinta, explicar a mesma coisa zilhões de vezes e não ter nenhuma satisfação nisso parece-me contraditório, estapafúrdio e doentio.
É... Já deve ter ficado clara a minha posição sobre o magistério, não é? Não tem como negar: arrisco dizer que amo o que faço. Mesmo sabendo que muitas pessoas - e até mesmo colegas - me criticam por ser apaixonada pelo meu ofício, não estou "nem aqui". Mas a elas, só posso externar com palavras ditas e/ou escritas o quão prazeroso é ver aquele monte de aluno querendo fazer perguntas; o brilho nos olhos do menino que associa o que ele está aprendendo com o que ele viu em casa no dia anterior; daquele "ah, professora, agora eu entendi!", em um brado no meio da sala de aula e tantas outras experiências que fazem tudo valer a pena (sério, sem pieguice).
Apesar de achar que nós professores devamos falar a mesma linguagem, ouso destoar de muitos colegas. Sim, gosto muito de ser professora e acho que tenho algo que muitos não têm (por motivos que não cabem a eu julgar): o prazer de trabalhar naquilo que gosta, tendo a certeza de estar no lugar certo, fazendo o melhor que pode. Sou professora e satisfeita, a despeito do que muitos acham ser uma combinação impossível: magistério e realização.
Ufa!
Ah, e quando chego ao colégio, o que encontro? Alunos desestimulados, falta de recursos, agressividade crescente contra os professores etc. Logo, podemos ver que não é fácil e "só flores" para ninguém, inclusive para mim.
Mas sabe por que encaro todo esse pacote, além de, é claro, precisar ganhar dinheiro? (não sejamos hipócritas e sentimentalóides...) Porque gosto!! Se não gostasse, já estaria em outro lugar, fazendo outra coisa, há muito tempo. Acordar, levantar, pegar condução, ficar suja de tinta, explicar a mesma coisa zilhões de vezes e não ter nenhuma satisfação nisso parece-me contraditório, estapafúrdio e doentio.
É... Já deve ter ficado clara a minha posição sobre o magistério, não é? Não tem como negar: arrisco dizer que amo o que faço. Mesmo sabendo que muitas pessoas - e até mesmo colegas - me criticam por ser apaixonada pelo meu ofício, não estou "nem aqui". Mas a elas, só posso externar com palavras ditas e/ou escritas o quão prazeroso é ver aquele monte de aluno querendo fazer perguntas; o brilho nos olhos do menino que associa o que ele está aprendendo com o que ele viu em casa no dia anterior; daquele "ah, professora, agora eu entendi!", em um brado no meio da sala de aula e tantas outras experiências que fazem tudo valer a pena (sério, sem pieguice).
Apesar de achar que nós professores devamos falar a mesma linguagem, ouso destoar de muitos colegas. Sim, gosto muito de ser professora e acho que tenho algo que muitos não têm (por motivos que não cabem a eu julgar): o prazer de trabalhar naquilo que gosta, tendo a certeza de estar no lugar certo, fazendo o melhor que pode. Sou professora e satisfeita, a despeito do que muitos acham ser uma combinação impossível: magistério e realização.
Ufa!
2 comentários:
É constrangedor e satisfatório se ver nas palavras de um outro . Mais constrangedor que prazeroso, neste caso. Um diário há de ser íntimo. Sendo virtual, porém, me sinto no dever de endossar a voz que fala. Há algo de promíscuo e resignado no chão que pisamos juntas. Há o vício e a cólera. Mas há também os encontros, os corações pulsantes e a paixão. Que ela sobreviva, latejante em vc. Não há nada de mais ôco que o fim de um amor recém-nascido...
Amandita...
Como é bom vê-la por aqui também!
É a pulsação de um coração tão recentemente cansado - mas não por isso menos apaixonado - que faz o resto de sanidade não se esvair de vez.
Busquemos o que de fato nos toque!!
Beijinhos.
Postar um comentário