domingo, 23 de março de 2008

Alma Minha

Alma, astuta criança.
Quando pensamos ter posse dela,
Descobrimos que a ela pertencemos.

A matéria nos é confortável.
Mas ela não se convence;
faz malcriação e mostra suas lágrimas.

Se ela vê sua Aurora,
nosso Ocaso é irrelevante...
Só prevalece sua alegria.

Mas se essa criança faz pirraça.
Nem todo o nosso gozo
tira sua tristeza.

Arrisco concluir:
quando aquela angústia sem motivo
e aquele estado de graça inexplicável
abaterem-se em você,
não se assuste, pois
é a Alma mostrando suas proezas
e testando sua morada.

Nenhum comentário: